Os 7 erros de SST mais comuns nas empresas

Os 7 erros de SST mais comuns nas empresas

Manter a Saúde e Segurança do Trabalho (SST) em dia é importante para empresas de todos os ramos e setores, por isso, para manter os colaboradores em segurança e garantir a integridade física e mental de todos é essencial entender como funciona a SST e sua legislação.

Conhecida pela sigla SST, a Saúde e Segurança do Trabalho é utilizada para aplicar um montante de normas que tem como objetivo manter o ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os envolvidos.

O artigo nº 162 da CLT determina a obrigação de empresas a agirem de acordo com as normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. De acordo com essa legislação, empresas com um certo número de colaboradores ou grau de risco no desempenho de suas funções devem ter estrutura e profissionais especializados em medicina do trabalho na própria sede ou, se preferir, contratar empresas terceirizadas.

Objetivos das normas de SST

Além de aumentar a proteção dos colaboradores, as normas de Saúde e Segurança do Trabalho auxiliam a organização a manter a gestão mais eficaz, já que com isso as empresas diminuem o número de processos judiciais, as indenizações e os riscos de prejudicar o trabalhador em sua atividade.

Outra questão importante a ser considerada é que quanto mais perigo houver no ambiente de trabalho, mais será os impostos que a empresa precisa pagar ao governo. Dessa forma, a SST tem como objetivo observar os fatores que oferecem riscos e, a partir da elaboração de laudos técnicos, apontar as soluções que a empresa deve implementar para reduzir os perigos e os custos.

O empreendedor que cuida da saúde de seus trabalhadores está investindo também na empresa, já que as pessoas tendem a ter maiores resultados quando trabalham em locais onde estão confortáveis. Mesmo com todas as normas e legislações vigentes, há muitas empresas que cometem erros na Saúde e Segurança do Trabalho, seja por não conhecer as regras ou por preferir negligência o assunto.

Confira abaixo os 7 principais erros cometidos nas organizações:

1° – Não seguir a legislação:

Várias exigências são estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre como garantir os cuidados e a integridade física e mental de trabalhadores. Entre as exigências obrigatórias para todas as organizações estão a emissão de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), exames periódicos de acordo com a função e outras normas referente a segurança.

As Normas Regulamentadoras (NRs) também precisam ser seguidas e para cada setor existem NRs específicas, sendo obrigatórias e passíveis de multa quando não cumpridas. Então, é essencial que a empresa se informe e aplique as regras referente ao ramo de atividade, pois se adequar a elas irá garantir a integridade dos trabalhadores e evitar problemas judiciais.

2° – Não se atentar ao uso de EPIs:

Em diversas atividades existe a obrigação da organização fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os trabalhadores, no entanto, também é dever fiscalizar e garantir que todos façam o correto uso, orientar e conscientizar sobre o quão importante é o equipamento para a proteção de todos.

Caso o trabalhador se acidente e sofra consequências pela falta do uso de EPIs, mesmo que tenha fornecido, a empresa também será responsabilizada. Ou seja, mesmo que comprove que forneceu o equipamento correto, será considerado que a empresa falhou na fiscalização do uso.

3° – Não realizar os exames no prazo:

O Ministério do Trabalho exige a realização de exames periódicos em todas as empresas e o tempo máximo para sua realização depende da função exercida, idade e condição de saúde de cada trabalhador.

Se atentar ao prazo para que cada exame seja realizado é essencial e, para isso, deve-se manter um controle rígido sobre essas datas e evitar multas quando houver fiscalização.

4° – Não estar atento a saúde do colaborador:

Acompanhar periodicamente a saúde de cada trabalhador permite o monitoramento das condições de saúde e torna possível detectar problemas de forma precoce, tornando os tratamentos eficazes e diminuindo a chance de afastamentos.

Realizar esse acompanhamento também torna possível identificar quando o trabalhador precisa deixar determinada função devido as condições de saúde, colocar em outro setor para continuar trabalhando ou encaminhá-lo ao INSS para efetuar perícia e, se necessário, afastá-lo para o devido tratamento.

Essas ações são importantes para evitar problemas judiciais, multas e indenizações, já que se a empresa o mantiver em função que agrava a condição de saúde, ele pode pedir ressarcimento pelos danos causados e a empresa pode ser condenada a pagar por isso.

5° – Não realizar ações de promoção a saúde:

As organizações precisam entender que a medicina do trabalho não é apenas pensar nas doenças. Pelo contrário, deve-se haver investimento e iniciativas que conscientizem os colaboradores a manter um estilo de vida saudável.

Caso a empresa conte com um refeitório, é importante fornecer cardápios balanceador, além de contar com programas de ginástica, incentivo a práticas de atividade física, além de auxiliar o colaborador para que seja motivado a abandonar hábitos nocivos.

Manter um ambiente de trabalho adequado, com equipamentos que não comprometam a saúde física do trabalhador também é essencial para que ele não tenha prejuízos ergonômicos. Evitar a sobrecarga de trabalho é importante para que a saúde mental do colaborador.

6° – Não documentar ações referente a legislação

Documentar as ações da organização é importante para evitar penalizações e comprovar os procedimentos obrigatórios que já foram realizados, ou seja, mantenha organizada toda a documentação sobre o departamento de Saúde e Segurança do Trabalho, além de manter ações de rotinas e pontuais, evitando sanções aplicadas pelos órgãos reguladores.

Como a documentação é um histórico do colaborador, individual e coletivamente, é necessário para proteger a empresa de ações trabalhistas por motivos infundados. Já o histórico da empresa ajuda a evidenciar os riscos aos trabalhadores e possíveis impactos na saúde durante o exercício de suas funções.

Manter os relatórios em dia também é importante para avaliar as medidas utilizadas, permitindo identificar quais forneceram impacto positivo na saúde dos trabalhadores. Dessa forma, é possível que a organização mantenha o foco em agir com prevenção, ao invés de estar sempre atuando na correção de problemas.

7° – Não se comunicar adequadamente com os colaboradores:

Assim como no dia a dia, é essencial cultivar um relacionamento adequado com os colaboradores. Transmitir corretamente as informações sobre segurança e saúde no trabalho pode fazer a diferença ao conscientizar os trabalhadores sobre a importância de ter esse cuidado dentro da empresa.

Para isso, utilize de uma linguagem compatível com cada colaborador, use orientações que sejam fáceis de entender e não deixe de apostar em palestras, rodas de conversa e reuniões para transmitir as ações necessárias. Esse momento deve servir para relembrar os conceitos e técnicas, reforçar o uso de equipamentos e conscientizar sobre o bem-estar físico e mental de todos dentro da organização.

Colaboradores também falham

Mesmo com grande parte da responsabilidade perante a saúde e segurança no trabalho partir da empresa, profissionais também costumam cometer erros perante as normas, seja por desconhecer ou negligenciar algumas delas.

Conheça algumas falhas comuns

  • Não colocar em prática as orientações passadas pelos empreendedores ou técnicos de segurança do trabalho, acreditando não precisar ou não perceber os riscos eminentes;
  • Não conhecer o ambiente de trabalho;
  • Não haver comunicação ou entendimento;
  • Não se aprimorar tecnicamente;
  • Colocar em risco a própria vida e de outros da equipe;
  • Se arriscar além da capacidade física individual;
  • Negligenciar o uso dos EPI’s por não achar necessário.

Mesmo que seja importante evitar multas e processor, é preciso evidenciar que negligenciar as normas vigentes sobre segurança e saúde de trabalho pode colocar em risco a integridade física e a vida de colaboradores.

Caso não tenha conhecimento, não deixe de contratar profissionais qualificados para aplicar as medidas necessárias dentro de sua empresa e evitar problemas futuros.