Sua escassez tem preocupado autoridades e sua importância tem ganhado um protagonismo maior. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o termo EPI’s está frequentemente presente nos meios de comunicação e seu uso mais relevante do que nunca, já que funcionam como uma barreira mecânica de proteção, não somente para profissionais, mas para a população em geral.
O que são EPI’s?
Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) são, como o próprio nome diz, equipamentos ou roupas, cuja função é reduzir a exposição dos funcionários a determinados riscos, em seu local de trabalho. Estes riscos podem ser químicos, físicos ou biológicos.
É por meio de uma avaliação de riscos que se determina o tipo de equipamento que deve ser utilizado, já que existem vários tipos:
Proteção facial e ocular – Inclui óculos de segurança e escudos faciais, que são usados para tarefas, nas quais podem ocasionar danos oculares ou perda de visão, como sprays de líquidos tóxicos, respingos e queimaduras.
Proteção da pele e do corpo – Inclui chapéus duros e capacetes, protegendo em tarefas que possam causar qualquer força ou objetos caindo na cabeça; Coletes de segurança e trajes que protejam de lesões corporais de temperaturas extremas, chamas e faíscas, produtos químicos tóxicos, picadas de insetos e radiações; Luvas de proteção contra queimaduras nas mãos, absorção de substâncias nocivas, cortes, fraturas ou amputações; Joelheiras e botas de segurança, que devem ser usadas para tarefas, cujo riscos podem ser lesões graves nos pés e pernas, devido à queda ou rolamento de objetos, substâncias quentes, riscos elétricos e superfícies escorregadias.
Proteção contra quedas – Arreios de segurança e cordões para tarefas que podem causar quedas e, consequentemente, ferimentos graves ou morte.
Proteção auditiva – Inclui protetores auriculares e plugues, que devem ser usados para tarefas com riscos de problemas auditivos e perda de audição.
Proteção Respiratória – Por fim, temos os EPI’s para proteção contra gases nocivos, produtos químicos, gotículas de partículas grandes, sprays, respingos ou espirro que “transportam” bactérias e vírus, como o COVID-19, infecções virais e outros. Nesta categoria, encontram-se os respiradores de rosto completo, aparelhos de respiração autônomos, máscaras de gás, respiradores N95 e máscaras cirúrgicas.
Já que o assunto em destaque é o combate ao novo coronavírus, confira algumas dicas de segurança no uso de EPI’s específicos para proteção respiratória:
- Evite o compartilhamento de equipamentos entre colegas de trabalho, sobretudo máscaras cirúrgicas;
- Certifique-se de que os funcionários tenham recebido treinamento ou orientações adequadas antes de usá-los;
- Evite tocar na máscara cirúrgica depois do uso e faça o descarte correto;
- Troque os filtros com frequência em respiradores de meia-máscara ou máscara completa;
- Substitua os respiradores descartáveis por cada uso;
- Substitua a máscara imediatamente se estiver danificada ou suja.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Neste tempo de pandemia, médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e demais profissionais que atuam na área de saúde estão na linha de frente, prestando assistência a pacientes suspeitos ou confirmados pelo coronavírus, o que torna inevitável sua exposição.
Para prevenção e controle da disseminação do SARS-CoV-2 em serviços de saúde, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma nota com orientações e, dentre elas, recomendações de medidas que incluem o uso de EPI’s. Veja a seguir (Fonte: GVIMS/GGTES/ANVISA, 2020):
CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS E ACOMPANHANTES
- usar máscara cirúrgica;
- usar lenços de papel (tosse, espirros, secreção nasal);
- higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE (que prestem assistência a menos de 1 metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus)
- higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
- óculos de proteção ou protetor facial (face shield);
- máscara cirúrgica;
- avental;
- luvas de procedimento;
- gorro (para procedimentos que geram aerossóis).
Observação: os profissionais de saúde deverão trocar a máscara cirúrgica por uma máscara N95/PFF2 ou equivalente, ao realizar procedimentos geradores de aerossóis como por exemplo, intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação,coletas de amostras nasotraqueais, broncoscopias, etc.
PROFISSIONAIS DE APOIO (que prestem assistência a menos de 1 metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus)
- higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
- gorro (para procedimentos que geram aerossóis);
- óculos de proteção ou protetor facial;
- máscara cirúrgica;
- avental;
- luvas de procedimentos.
PROFISSIONAIS DE APOIO: RECEPÇÃO E SEGURANÇAS (que precisem entrar em contato, a menos de 1 metro, dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus)
- higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
- máscara cirúrgica (se não for possível manter a distância de um metro dos pacientes com sintomas gripais) Observação: usar durante o turno de trabalho, trocar a máscara se estiver úmida ou suja.
PROFISSIONAIS DE APOIO: HIGIENE E LIMPEZA AMBIENTAL (quando realizar a limpeza do quarto/área de isolamento)
- higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;
- gorro (para procedimentos que geram aerossóis);
- óculos de proteção ou protetor facial;
- máscara cirúrgica;
- avental;
- luvas de borracha com cano longo;
- botas impermeáveis de cano longo.
Observação 1: Todas essas medidas são baseadas no conhecimento atual sobre os casos de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e podem ser alteradas conforme novas informações sobre o vírus forem disponibilizadas.
Observação 2: Para os casos sintomáticos, usar uma máscara é uma das medidas de prevenção para limitar a propagação de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus (SARS-CoV-2). No entanto, este uso deve vir acompanhado de outras medidas igualmente relevantes que devem ser adotadas, como a higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%, antes e após a utilização das máscaras. Usar máscaras quando não indicado pode gerar custos desnecessários e criar uma falsa sensação de segurança que pode levar a negligenciar outras medidas como a prática de higiene das mãos. Além disso, a máscara deve estar apropriadamente ajustada à face para garantir sua eficácia e reduzir o risco de transmissão. Todos os profissionais devem ser orientados sobre como usar, remover, descartá-las e na ação de higiene das mãos antes e após o uso.
Observação 3: Para os profissionais, o uso da máscara tem a função de protegê-los do contágio e deve ser utilizadas juntamente com os demais EPI conforme o tipo de assistência que será realizada no paciente. Todos os profissionais devem ser orientados sobre como usar, remover e descartar adequadamente os EPI, bem como na prática correta de higiene das mãos nos momentos indicados.
Você pode acessar a nota na íntegra, aqui.
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É importante lembrar que, dentro de qualquer organização, pensar na segurança de cada funcionário é pensar no todo. Por isso, os gestores devem estar sempre atentos às normas, que, promovendo o cuidado com o indivíduo, proporcionam o bem-estar da instituição, reduzindo perdas e possível estresse.
Ao aplicar as normas, os gestores também podem contar com a ajuda mais que bem-vinda da tecnologia, por meio de softwares capazes de facilitar o controle e a entrega de EPI’s, tornando o dia-a-dia produtivo e organizado.